Anápolis chama a população para o combate ao Aedes aegypti

Notificações da dengue aumentaram de janeiro para fevereiro. Trabalho das equipes de endemias para eliminar os focos foi intensificado

Foto: Bruno Velasco

Preocupada com o período chuvoso e com a proliferação do Aedes aegypti, que, pela sazonalidade e ciclo aumenta a sua incidência a cada dois anos, a Prefeitura de Anápolis reforça as ações de eliminação dos focos e chama a população para essa batalha. A estratégia de participação popular já foi utilizada em 2017 e, no ano seguinte, a cidade foi exemplo em todo o Estado no combate ao mosquito transmissor e manteve a linearidade, mesmo durante a pandemia.

De acordo com a gerência de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde, houve um aumento significativo nas notificações de janeiro, que foram de 443 para 740. Lembrando que ainda não foram divulgados os casos confirmados de fevereiro. “Mesmo ainda sem as confirmações é um alerta. Em cerca de 90% dos locais que visitamos encontramos focos. Precisamos que a população se conscientize do seu papel”, ressalta a gerente de endemias, Patrícia Godói.

São 170 agentes de endemias percorrendo toda a cidade com intensificação em locais que apresentam maior incidência dos focos. Só que para combater o mosquito, é necessário o engajamento de toda a população: desde os cuidados básicos, como não deixar água parada, até o apoio ao trabalho dos agentes. “Sem o envolvimento da comunidade, é impossível obtermos um resultado positivo e determinante contra o Aedes”, frisa a gerente.

Patrícia argumenta que a época de chuvas é propícia para a proliferação do Aedes aegypti que, além da dengue, é o vetor da zika vírus e da chikungunya. “Nosso trabalho não para, mas o combate à dengue e outras doenças causadas pelo mosquito transmissor é uma via de mão dupla. É fundamental o apoio e conscientização da população.”

Sintomas da dengue
A infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso, pode levar até a morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.

Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Medidas de combate
Não deixar água parada em pneus.
Não deixar água acumulada sobre a laje.
Não deixar a água parada nas calhas.
Deixar as vasilhas com plantas sempre secas ou cobri-las com areia.
Caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas.
As piscinas devem ter tratamento de água com cloro. As que não são utilizadas devem permanecer sempre secas.
Garrafas devem ser armazenadas em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo.
Não descartar lixo em terrenos baldios e manter a lata de lixo sempre bem fechada.

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