Rede Municipal de Educação encerra abril com avanços na inclusão

No mês de conscientização sobre o Transtorno Espectro Autista, foram realizadas inúmeras formações, workshops e visitas à Apae

O Abril Azul, assim denominado o mês de conscientização sobre o Transtorno Espectro Autista (TEA), é trabalhado na Rede Municipal de Educação por meio de diversas ações com os estudantes nas unidades de ensino e com os servidores e comunidade em geral no Centro de Formação dos Profissionais da Educação (Cefope).

“A gestão municipal se preocupa cada vez mais em avançar no que diz respeito à Educação Inclusiva nas escolas e Cmeis. Desde o investimento na formação dos nossos professores até a valorização dos servidores credenciados, trabalhamos sempre em prol de criar ambientes mais acolhedores e inclusivos para os nossos estudantes”, ressalta Flávia Fernanda, secretária municipal de Educação.

Com início em abril e término em dezembro, a formação Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é ministrada para todos os professores de Atendimento Educacional Especializado (AEE). Anápolis foi uma das únicas cidades do País a adquirir o curso completo e ofertar gratuitamente aos servidores. O ABA é uma ciência que envolve a avaliação, o planejamento e a orientação do comportamento dos estudantes que possuem alguma deficiência, especialmente o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Juliana Siqueira, diretora de Inclusão, Diversidade e Cidadania, afirma que apesar do mês de abril ser simbólico pela conscientização do autismo, este trabalho deve ser realizado durante todo o ano. “A rede conta, hoje, com mais de 840 estudantes que possuem o TEA. E além deles, temos um número muito grande também de crianças e adolescentes com outras deficiências, o que nos faz termos um olhar constante de carinho e cuidado para que eles se sintam acolhidos e tenham qualidade na aprendizagem”, diz.

Na última segunda-feira, 29, a equipe da Diretoria de Inclusão, Diversidade e Cidadania esteve na sede da Apae Anápolis para visitar o espaço, trocar experiências e conhecer metodologias inovadoras de trabalho. “A cada ano que passa, o atendimento às crianças e adolescentes com algum tipo de deficiência na rede aumenta. A Apae é referência nacional em educação inclusiva, por isso, temos sempre mantido um diálogo com a equipe da instituição para alinharmos estratégias e buscarmos novos conhecimentos na área da inclusão”, conta Muriel Piloni, gerente do departamento.

Dos dias 16 a 18 de abril, mais de 250 pessoas participaram do “Workshop Autismo: um olhar sensível para aprender e pertencer”. O evento realizado pelo Cefope contou com palestras dos psicólogos Felipe Mota, Dariane Canedo, Camila Buiatii, Fernanda Kramer e Mel Madueno, além das oficinas de materiais de intervenção na aprendizagem do autista e musicalização.

Pioneirismo na inclusão

A Clínica Escola do Autista é mais um avanço na educação inclusiva de Anápolis, sendo um projeto pioneiro que oferecerá o atendimento especializado e acesso à educação, igualdade de oportunidades e proteção social.

Com uma área de 2.485,75 m² e um investimento no total de R$ 1.803.000, a Clínica Escola do Autista representa um marco na prestação de serviços de saúde e educação para a comunidade autista de Anápolis. O local tem capacidade para atender cerca de 400 estudantes por dia, em consultórios equipados e equipes multidisciplinares de profissionais habilitados para oferecer uma variedade de serviços médicos, psicológicos, fonoaudiológicos, nutricionais, psicopedagógicos, pedagógicos, orientação e outros.

Além disso, o espaço contará com comodidades como pátio coberto, estacionamento acessível, sanitários infantis e adaptados, refeitório, auditório, salas de acompanhamento pedagógico, sala de atendimento, administração educacional e ambientes de higienização. Vale lembrar que o TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficit na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados.

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