Com o início do período de seca, os agentes de endemias intensificaram o manejo setorizado em diversos bairros da cidade. A estratégia consiste em visitas diárias às residências, quintais e lotes baldios, com o objetivo de identificar e eliminar possíveis focos do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Embora a Operação Tolerância Zero tenha sido encerrada no último dia 13 de maio, o trabalho dos agentes continua de forma permanente. Segundo a gerência de endemias, o combate ao mosquito é uma ação contínua e essencial para a prevenção de surtos da doença.
Além das vistorias rotineiras, as equipes também estão realizando o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), iniciado em 19 de maio, com término previsto para 2 de junho. A atividade, que ocorre paralelamente às visitas domiciliares, tem como objetivo identificar a presença de larvas do mosquito nos imóveis. Os dados obtidos servirão de base para o planejamento estratégico das próximas ações de combate ao vetor.
O gerente de Endemias, Rafael Teixeira, reforça que a participação da comunidade é fundamental para a eficácia das ações. “A fêmea do mosquito Aedes aegypti pode depositar ovos que permanecem viáveis por até 420 dias mesmo em recipientes secos. Por isso, é essencial que a população colabore, especialmente neste período de estiagem, com a limpeza dos quintais, lavagem de recipientes como tambores usados para armazenar água, manutenção das calhas, verificação dos bebedouros de animais e das tampas das caixas d’água”, explica.
Segundo Teixeira, o trabalho dos agentes não diminui com o tempo seco, mas continua de forma intensa e estratégica. “Nosso trabalho no período da estiagem não para e nem diminui. Atuamos de forma contínua para que, quando o período chuvoso começar, o impacto das chuvas no aumento dos casos de dengue não seja tão alarmante. No entanto, esse esforço só surte efeito se houver o engajamento da sociedade como um todo”, enfatiza.
Ele também destaca a importância de permitir o acesso dos agentes aos imóveis. “Nossos profissionais inspecionam cerca de 45 residências por dia. Uma casa fechada pode comprometer todo o quarteirão, já que não sabemos o que pode estar acumulando água ou servindo de criadouro no interior daquele imóvel.”
A Secretaria de Saúde reforça o apelo para que cada morador faça sua parte. A luta contra a dengue é responsabilidade de todos.